domingo, 25 de novembro de 2012

Eu quero que você chegue e me tire o ar e que eu sinta um frio na barriga quando te ver
Eu quero que você afaste a certeza de que os homens são um caso irremediável
Quero sua mão grudada na minha quando andarmos juntos
Quero o cheiro da sua pele quando eu beijar seu rosto
Quero suas ligações no meio da noite e minhas declarações no seu ouvido
Quero escrever pra você e dizer que depois que você chegou nem me importa por quanto tanto esperei
Quero que você não demore, porquê sinto sua falta todos os dias, e eu ainda nem te conheço
Espero por você como quem espera pelo inesperado
Quero que você chegue logo e quando chegar, quero que permaneça!

Pessoas normais têm sentimentos normais, falam coisas normais e pensam normalmente. Pessoas normais querem coisas normais e se contentam com a normalidade. Pessoas normais acreditam em coisas normais e questionam tudo que seja diferente a isso.
Morro de medo de gente assim, elas esquecem que de perto, ninguém é normal!

sábado, 17 de novembro de 2012

Esperar... quem nunca?
Há coisas que nos tornam iguais e colocam todos os viventes da terra sob a mesma condição. E não importa se você é rico, pobre, preto, branco, evangelico, ateu, cantor de arrocha ou amante de música erudita... se convença: em algum momento nós vamos sentir dor, vamos sofrer, vamos adoecer, vamos perder e ainda que reclamemos... vamos esperar.
A espera é uma das poucas coisas comuns a todos os seres humanos e me perdoem dizer que até Deus esperou sete dias pra ver o mundo estar completo... então, nós também aguentamos.
Esperemos pela resposta que ainda vem, pelo sonho que inventamos, pelo resultado que nos empenhamos, pelas pessoas que desejamos, pelos planos que alimentamos, pelas histórias que criamos, pelas casas e roupas que imaginamos... esperemos!
A espera é um exercício de paciência e de fé... e a fé também é um exercício!

E quanto a mim... continuo esperando, desejando, sentindo, querendo e acreditando que cada dia a mais é um a menos pra encontrar tudo o que me espera!
E quanto ao resto... sempre vai ser só o resto!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012


As coisas pelas quais nos envergonhamos, provavelmente são as que mais nos fizeram mudar. Se não mudamos, provavelmente, perdemos a vergonha.


Não quero muito, nem me contentar com pouco. E o meio termo nunca foi o bastante.
A chave seria o equilíbrio, pena que chaves e planos são sempre perdidos ou esquecidos por ai.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Dizia "Eu te amo" e desligava o telefone rápido, era o medo de não ouvir o mesmo de volta.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012


Lá no meu tempo, Transformers eram os Powers Rangers, as meninas colecionavam papeis de carta e os meninos gudes. Sair pra festa, só a partir dos 15 e com um amigo muito responsável. Celular era meio de comunicação e não de ostentação.      
Lá no meu tempo o pão era R$0,10. R$100 era muito dinheiro e rede social era coisa de estrangeiro... quando eu contar isso pros meus filhos, eles vão querer saber se eu andava na rua e encontrava dinossauros também.

"Tempos modernos".


Pessoas boas são uma espécie de amuleto. Não importa se você as vê sempre, se encontra só de vez em quando ou se quase nunca as vê. O importante é que você sabe que elas existem e que de algum jeito são responsáveis por te fazer se sentir bem.      
Vivo encontrando pessoas boas, que estão longe ou perto. Por causa delas, as pessoas ruins se tornam apenas um detalhe, um mero detalhe!

Ser calmaria na pressa, alegria no desânimo, paz no abraço, sorriso na chegada, conforto na partida... Ser amor acima de tudo e acima de tudo, ser sempre amor é pra poucos.
Por isso que Deus deu a Mãe o dom de ter vários filhos e aos filhos o dom de ter só uma Mãe.

Por preguiça, comodismo ou insegurança a gente vai deixando de resolver os problemas. Quando vê, o mês já foi embora, a semana já está passando, as contas acumularam, as broncas também, o guarda-roupa está cheio de coisas que já não se usa e os dias, repletos de coisas que não deveriam estar ali.
Talvez o problema não seja se despir do que já não cabe, talvez seja o medo de não encontrar algo que caiba tão bem.




João era boleiro, mas acabou sendo mesmo foi mecânico. Lis queria ser dançarina, mas foi ser mesmo secretária. Tiririca queria ser palhaço, acabou sendo Deputado. Michel Teló e Latino queriam ser cantores, é... o pior é que ele conseguiram.   
Bem aventurados os que trabalham com o que amam. Eles ainda são a minoria.

E que graça teria se a gente soubesse tudo? Que graça teriam os finais de filmes, de novelas, de livros?! Que piada mais sem graça seria acordar sem contar com o inesperado?
Se Cabral soubesse que o Brasil iria se tornar um país subdesenvolvido, talvez não o tivesse descoberto. Se eu soube o que você está pensando ao ler isso, talvez não tivesse escrito. Se outras pessoas soubessem o quê você faz quando ninguém vê, talvez você nunca mais sairia de casa.
Todo mundo tem um segredo que esconde, um desejo que não conta e a graça é que, inevitavelmente, o que mais nos instiga é aquilo que a gente menos sabe!

Domingo é sempre um dia mais ou menos... tem gente que ainda acorda mais ou menos bêbado. Outros passam o dia mais ou menos sem ter o que fazer. Os que trabalham, acham que o tempo passa mais ou menos devagar. Os que assistem TV acham a programação bem mais ou menos. Outros fazem um almoço mais ou menos e outros, como eu, ficam pensando que segunda-feira podia ser mais ou menos lá pra quarta...

Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 29 de outubro de 2012


Para os que esperam, tempo.
Para os que desesperam, fé.
Para as ausências, lembranças.
Para as distâncias, viagens.
Para os distantes, presença.
Para os objetivos, trabalho.
Para o trabalho, objetivos.
Para mim, você.
Para demais coisas, paciência.


Mais cedo ou mais tarde a gente vai deixando de lembrar das ofensas que recebeu, do fora, da falta de educação. A gente esquece aos poucos de quem pisou no pé, esquece do não, esquece até dos motivos que te fizeram lembrar de alguém. A memória seletiva faz com que “Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho, Eles passarão. (nós) Eu passarinho!"

Houve um tempo que dançávamos despreocupados e andávamos de roupas intimas na rua, sem muitas encanações. Houve um tempo que pegar na mão da pessoa amada era o auge da intimidade e que selinho era o decreto de um relacionamento sério.
Houve um tempo em que se fantasiar de índio, palhaço e papai Noel era tão divertido quanto uma festa open bar. 
Houve um tempo em que éramos crianças e a única coisa que a gente queria era crescer. E depois que crescemos, vivemos a nostalgia de ser criança. 

Falemos menos, nem todos estão interessados em ouvir nossas verdades e isso não parece tão assustador quando se entende que eles têm esse direito.
Tentemos ouvir mais, embora algumas verdades alheias também não nos interessem tanto assim e alguns não entendem que temos esse direito.

Ela estava cansada! Cansada do esforço diário que fazia pra acreditar que as coisas iriam ficar melhores, cansada da vontade de chorar, chorar até ficar pequena e encolhida na cama e mais cansada ainda de ter que engolir o choro e se levantar!
Tava cansada das coisas que não aconteciam, da hora que não chega, das pessoas que estavam longe... dessa inquietude!
Ela estava cansada mais ainda de ser forte ou tentar ser... Talvez por precisar tanto se esforçar, essa "força" não existisse.
A gente tem o pior dia da vida, pelo menos três vezes no ano. Sempre tem a festa do ano, pelo menos três vezes no semestre.
A gente sempre tem uma dor que nunca iria passar e já se esgotou. Sempre encontra alguém com problemas verdadeiramente sérios, que faz com que os nossos se tornem minúsculos em segundos. Todo mundo tem um segredo que nunca foi descoberto. Todo mundo tem uma paixão que nunca foi revelada. Todo mundo tem um desejo que ninguém sabe. Todo mundo tem um motivo pra acreditar que as coisas são perecíveis, que o tempo passa, a vida muda, as pessoas vão embora e o que permanece é tudo aquilo que deve estar intacto.
Vida que segue... mundo que gira!

domingo, 28 de outubro de 2012


Eu queria que você soubesse que aprendi a lidar com sua ausência, que consegui até me amar mais depois que você foi embora. Não te ter por perto já não machuca e sua indiferença já não me dói nos ossos.
Queria que você soubesse também que por você eu seria capaz de me reinventar todos os dias. Por você eu escreveria poemas diariamente e até aprenderia a cantar sertanejo universitário.
Queria que você soubesse que por algum motivo que foge ao meu controle, continuo aqui, pensando em você. E depois de tentar entender, eu entendi que sentimento não se escolhe, chega!
Queria que você soubesse que você não é mais o mesmo, eu não sou mais a mesma, só o que é o mesmo é o que sinto por você. Sem explicação lógica, sem sentido, sem porque ele ainda existe e é uma das coisas mais bonitas, sinceras e puras que tenho comigo. Acredite!
Queria que você soubesse que eu fecho os olhos e rezo. Peço com toda a minha fé que Deus te proteja, onde você estiver, com quem estiver.
Seja feliz! E esse é um desejo sincero. Seja feliz, como for, com quem for, onde for. Pensar que você está bem, me faz ficar bem.


Queria que você soubesse que eu amo você. E o amor só precisa do outro pra existir.



Que o peso das angustias não diminua as esperanças
Que os resultados negativos não nos deixem céticos
Que as segundas não ofusquem as sextas
Que as boas pessoas, façam esquecer as más
Que as receitas sejam esquecidas e reinventadas diariamente
Que assim seja!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012




Amor, que vira saudade, que vira lembrança, que vira saudade, que vira amor, que vira do avesso...


Que nunca nos falte sorrisos sinceros, abraços protetores e mãos dadas. Porque o amor ainda é a forma mais lúcida de fugir da loucura...


Dos meus pais quero a eterna sensação de calma e o abraço, o lugar mais seguro do mundo. Dos meus irmãos quero a presença, ainda que na ausência, do amor mais sincero que experimentei. Da minha família, quero as risadas mais gostosas e a cumplicidade mais verdadeira. Dos meus amigos... deles eu não quero nada, eles já me dão tudo mesmo sem eu pedir.


Música serve pra dizer pra alguém o que você não saberia explicar, serve pra você pensar que o autor traduziu seus pensamentos quando a compôs. Algumas músicas as vezes nem servem pra nada, mas quando você está com os amigos na mesa de um bar, elas nunca serviram pra tanto!
Tem música pro chuveiro, pra melancolia, pra alegria, pra tristeza, pro amor!
Ouvir música e pensar em música é uma forma de se transportar desse mundo e habitar um outro, que é só nosso! Se eu não fosse gente, com certeza queria ser música...

domingo, 21 de outubro de 2012


Talvez um dia a gente aprenda que amigos são a extensão de nós mesmos e que sem eles os bares não teriam razão de existir. 
 Quem sabe a gente aprenda que querer ser o que não é, é tão desconfortável como calçar um sapato de tamanho menor, pode até ficar bonito pros outros, mas só você sabe a dor que causa.  
Eu espero que aprendamos que a distância entre o que se quer e o que se consegue é o empenho que se deposita no que quer que seja.
Seria perfeito se todo mundo aprendesse a respeitar o outro, de certa maneira é uma forma de respeitar a si mesmo.                
Quem sabe um dia a gente aprenda que felicidade é um estado de espírito próprio e que cada um procura ser feliz do seu jeito.    
Queria ensinar pra todo mundo o amor que aprendi a devotar à minha família, eles são a tradução mais perfeita da palavra cumplicidade.  
Talvez a gente ainda aprenda que aprender é um exercício contínuo e diário, que não exige muita coisa além de disposição e certeza de que não se sabe de tudo!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ela podia ser como a maioria, que enxerga tudo de maneira mais simples e sem muitas fantasias. Podia deixar de procurar respostas pra perguntas irrespondíveis, podia fazer como a maioria faz, apenas deixar de questionar.             
Mas ela sabia que não podia ser assim, já que ela mesmo não deixava de se inquirir. Perguntava-se sobre coisas que não podia mudar, como não poder simplesmente extinguir do mundo algumas espécies humanas da pior qualidade ou quem sabe criar um estado só pra deportar gente mal educada. Tinha perguntas tolas, como se os artistas eram mais felizes, sem a obrigação de cumprir horários ou prazos pra entrega de relatórios ou metas a serem batidas. Ou sobre a existência de ET’s, vida após a morte, amor depois dos 70, como seria viver nos seus filmes preferidos... se perguntava por quê era assim.   
Ficava horas se perguntando o que podia fazer pra mudar o mundo, mas sabia que era muita imaginação, pra pouca ação. Percebeu que primeiro precisava mudar o seu mundo e que as mudanças mais revolucionárias partiram de dentro pra fora.                
Ela ficava o tempo todo pensando nas coisas que estavam na sua cabeça e que precisava  por pra fora, olhava pro lado e se questionava sobre o que as pessoas iam achar se ela falasse tudo aquilo, então, ela escrevia. Escrevia, escrevia... como se quisesse se esconder do mundo, se sentia mais segura dentro dos seus pensamentos. E se questionava se não podia morar lá.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012


O verbo que aguenta...

Viver, sonhar, perder, ganhar, gostar, perder de novo, aprender, decepcionar, distanciar, querer. Esses e tantos outros verbos a vida nos empurra goela a baixo e a gente, mesmo sem querer, vai conjugando.         
Até poderia falar do verbo amar, com toda sua poesia, mas, hoje, ficarei com o verbo aguentar. Que embora um pouco menos romanesco tem aguentado muita coisa.              
Há quem aguente a dor do parto pra por um filho no mundo e passa o resto da vida aguentando a responsabilidade de lhe educar. Há quem aguente se despir de planos e projetos, só pra ver algo maior se concretizar. Há quem aguente o que ninguém mais aguentaria. Há quem aguente ser o que não é, só pra aguentar alguém.
E há nós, mortais, que aguentamos nossas agonias e saímos vivos de nós mesmo. Forte somos nós, que por um tempo, aguentamos o que for preciso, pra chegar onde não precisemos mais aguentar tanta coisa... 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Que a gente pense menos sobre o que os outros acham ao nosso respeito e dê mais motivos pra que pensem coisas boas. Que as ofensas sejam esquecidas e que a gente descubra rápido como fazer isso. Que os filhos fiquem perto o suficiente dos pais para se sentir protegidos e longe o bastante pra se sentir capazes. Que os problemas do trabalho, fiquem lá quando formos pra casa e que os de casa sejam resolvidos em casa mesmo. Que a gente sempre tenha motivos pra acreditar nas pessoas, mesmo quando tudo desacredita. Que a gente nunca se acomode com o que incomoda. Que a gente não se limite as opiniões alheias. Que façamos dos sonhos, objetivos e dos objetivos a realização dos sonhos.

Utopia? Quem sabe?! A gente é exatamente o que acredita ser.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012


O mundo que cabia numa caixa

Entender o sucesso das redes sociais e mais que isso, a permanência do sucesso fica simples se analisarmos de forma prática. A verdade é que o mundo todo cabe numa caixa, mundos que se encontram, que se repelem e que se confundem. Quem sabe dizer onde começa a pessoa ideal e termina a real?
No mundo real, alguns casais vivem bem, mas aqui, eles podem ter quem quiser, sem que sua reputação seja posta à prova, todo mundo é inocente, até que as conversas inbox provem o contrário. Enquanto que aquela(e) ex, que mais parece fantasma é vigiado periodicamente.
 As pessoas felizes provam ao mundo o quanto são felizes nas suas noites de festa, recheadas de amigos e curtição. E as tristes, se revelam sempre nos seus posts melancólicos.
Os pseudo-intelectuais sempre encontram um discurso emprestado de algum filósofo batido pra falar sobre sua aversão ao “mundo de faz de conta”, mas freqüentam as redes muito mais do que qualquer “alienado”. E os intelectuais de verdade, dão risada das gafes e dos discursos mal feitos.
Os solitários se sentem menos sós nas madrugadas de sábado quando ficam online e encontram mais alguns viventes sem ter nada pra fazer.
Os empreendedores encontram sempre uma forma inteligente de fazer dinheiro em cima dos vícios. E os solteiros? Pesquisas revelam que 80% dos encontros as escuras deram certo depois do Facebook, as chances de os alvos não se gostarem são mínimas depois de um analisar o perfil do outro. E as dores de cotovelos? Essas nem se falam, saber que o seu objeto de desejo está curtindo a vida adoidado enquanto você não consegue levantar da cama é dose.
A verdade é que seja por diversão, necessidade, trabalho ou curiosidade, inegavelmente, estamos atrelados a tudo isso, uns mais, outros menos. Nossa vida virou televisão, para alguns a audiência é maior, pra outros menor, mas a verdade é quem o espectador pode escolher o canal e ultimamente, o nosso mundo tem cabido numa caixa. 

Ela adorava tudo o que era simples, na verdade a simplicidade a encantava de maneira inexplicável. Ela andava em festas com saltos altos e brincos grandes, mas gostava mesmo era de andar descalça e passar a noite ouvindo músicas, tomando um vinho com um velho amigo. Conversava durante horas sem muitos problemas, mas adorava a simplicidade do silêncio. Ouvia atenta pessoas que falavam longamente sobre suas qualidades e que não mediam as palavras, mas gostava mesmo de pessoas que falavam o necessário e deixavam que os outros tivessem suas impressões sobre elas.             
Ela até gostava de jantares sofisticados, mas se sentia melhor almoçando a comida simples e sempre deliciosa de sua Vó. Achava lindo pessoas que eram elas mesmo, em qualquer lugar, em qualquer tempo. Se encantava com cabelos cacheados, tatuagens, vestidos leves e apetrechos autênticos.              
Sorria sozinha quando via um casal se beijando no ponto de ônibus ou em lugares inusitados, pensava consigo mesmo: “o amor vai ser sempre amor em qualquer lugar, de qualquer jeito”.        
Talvez por ter nascido simples e ter crescido assim, ela não conseguia ver com muita naturalidade as coisas que eram diferentes a isso. Ela acreditava que Deus estava nas miudezas, nas coisas que passam despercebidas e que são tão grandes. Ela sabia que Deus vivia na simplicidade e nas coisas simples, como a fé! 

sábado, 6 de outubro de 2012

Músicas que deixem o corpo mole e roupas que deixem o corpo leve.               
Ligações que façam o coração disparar e exercícios que façam o coração descansar.
Conversas que deixem os ouvidos abertos e palavras que deixem os ouvidos em paz.               
Beijos que deixem a boca doce e palavrões que deixem a boca cerrada.
Amigos que façam valer o encontro e encontros que façam amigos.    
Barriga pra gerar filhos e filhos pra gerar barrigas.          
Um pouco de dor, pra dosar a felicidade e felicidade pra gozar da vida.              
Fé pra acreditar e crédito pra ter fé.     
Pitadinhas diárias de afeto, açúcar e entusiasmo. Talvez não seja assim o tempo todo, mas ainda vale insistir.


Lei da atração, força do pensamento, universo que conspira. Não importa de que forma você chame, mas acredite, enquanto você está ai pensando no que quer que seja, algo maior que ninguém ainda conseguiu decifrar o que é, está agindo e fazendo com o que seu pensamento, seja verdade.  
Não importa se você é ateu, agnóstico, místico, evangélico, católico... indiscutivelmente você atrai pra você aquilo o que pensa.
E isso eu estou aprendendo a passos lentos. Cada pensamento gera uma vibração boa ou ruim. Coisas boas, atraem coisas boas, coisas ruins, atraem coisas ruins. E é assim desde que o mundo é mundo. E você pode até pensar que isso tudo é conversa de alguém que não tem o que fazer ou que procura explicações viajadas pra algo que ninguém sabe o que é. Pode até ser, se você acreditar que é, será!     
Mas a verdade é que atraímos para nossas vidas coisas, pessoas e situações. E isso fazemos o tempo todo, com pensamentos, palavras, gestos. Acreditar no que quer que seja, faz com aquilo que se torne realidade.           
E não adiantaria tecer longas teorias filosóficas acerca disto, a essência está  na fé que empenhamos em tudo e até os ateus têm fé, já que uma definições da palavra é adesão absoluta do àquilo que se considera verdadeiro.      
A certeza de que o universo conspira ao meu favor e que somos tudo aquilo que acreditamos ser, me acompanha diariamente. E tenho feito desta certeza o motivo de tudo. 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012


Sobre meninos e meninas...

Houve um tempo que dançávamos despreocupados e andávamos de roupas intimas na rua, sem muitas encanações. Houve um tempo que pegar na mão da pessoa amada era o auge da intimidade e que selinho era o decreto de um relacionamento sério.  
Houve um tempo em que se fantasiar de índio, palhaço e papai Noel era tão divertido quanto uma festa open bar.   
Houve um tempo em que éramos crianças e a única coisa que a gente queria era crescer. E depois que crescemos, vivemos a nostalgia de ser criança. 

domingo, 30 de setembro de 2012


Lis era o nome dela. Quando criança, achava estranho uma palavrinha tão pequena significar tanta coisa. As colegas se chamavam Eduarda, Fernanda, Carolina, mas ela era Lis, apenas, Lis. Se sentia pequena como seu nome. Lis, estava no mundo.
Sua infância foi calma como uma manhã de primavera. Tinha pais que a amavam, irmãos que a cuidavam e amigos que a pentelhavam. Cresceu com a ideia de seu nome, cresceu querendo ser diferente, cresceu querendo ser grande!

Ela sonhava com o amor. Esperava pelo dia que seu coração ia ser tomado de novo e que sua mão ia tremer. Ela chamava por ele nas suas orações e fazia um esforço imenso pra acreditar que ele estava a caminho e sim, ele estava. E o encontro dos dois não foi nada do que ela imaginava. Ele não estava montado num cavalo branco, não trazia na mão uma flor vermelha, não falava o que ela queria ouvir e ainda assim, teve todo o amor que ela podia doar. Ele chegou numa noite qualquer de um dia qualquer, sem mistérios, sem romances, apenas, realidade. A mais bela realidade. E era a primeira vez que ela gostava mais de habitar o mundo real do que o mundo que ela mesmo inventara. Ali, ele era tudo o que ela precisava.
Ele tinha um cheiro que a acalmava, uma mão macia que a tocava e ela se derretia. No início, conversavam pouco e ela estranhava a falta de assunto, mas achou mais prudente permanecer em silencio, tinha medo de qualquer excesso, dessa vez, ela estava disposta a acertar.
Ele era diferente de tudo o que ela já tinha experimentado e a desconsertava com suas sinceridades disfarçadas. Ela, que sempre tinha na cabeça o espelho das relações passadas, tentava encontrar nele gestos, falas, hábitos, frases, abraços comuns, mas nada era igual. Ele a fez esquecer do recente passado, trouxe o novo e ela estava encantada com aquele novo mundo.
Ele a fazia sentir cócegas na alma. Ela sorria sem querer só de pensar que o veria no final do dia e os encontros se tornavam cada vez mais freqüentes e eles, cada vez mais freqüentavam um o mundo do outro. Ele contou coisas sobre as cicatrizes no joelho, ela, dramática como só ela, contava sobre as cicatrizes da alma. E eles se entendiam assim, nas suas diferenças e gostavam de ser assim, diferentes! 

Se eu pudesse voltar no tempo, se o gênio da lâmpada realmente existisse ou se Deus me concedesse poderes especiais, com certeza eu escolherei apenas uma coisa.
O dom de controlar o tempo.
Assim, só assim poderia congelar momentos, desfazer enganos, trazer pessoas amadas de volta, ter ao meu lado as pessoas que mais amo e fazer com que elas fiquem por perto sempre. 

O medo

Esse bicho de sete cabeças que entra em nossa mente, se apossa de nossos pensamentos
Invade nosso quarto, nossa cama, nossa casa e fica lá por dias, semanas, meses...Quando damos por conta ele já é nosso companheiro de uma vida inteira.
O medo está presente nas noites e no desejo de que nunca nos encontremos sós
Está nas manhãs no desejo de que nunca nos falte um bom dia
Está no pedido incessante de saúde, com a certeza de que a morte está a espreita.
Esta no olhar inocente de uma criança, quando seu pai não está por perto.
Está no olhar de um adulto, quando percebe que seu pai não vai chegar.
Está quando você não precisa que ele esteja
Some quando você precisa que ele esteja
Medo da morte, da rejeição, da incompreensão, da decepção, do erro, do fracasso
Medo do que não se conhece e medo maior do que se conhece.
Medo da vida, medo de viver!

Mudam-se os anos, os meses, as semanas. Muda-se o tempo
Mudam-se os desejos, as certezas, as dúvidas. Muda-se o querer
Mudam-se as rotinas, as ruas, as estradas. Mudam-se os caminhos
Mudam-se as flores na primavera, o sol no verão, o tempo no inverno, as folhas no outono. Mudam-se as estações
Mudam-se as roupas que não lhe cabe, os sapatos que não lhe calça. Muda-se de tamanho
Mudam-se os dias. Permanece a saudade...
Muda-se TUDO e o que fica é o que sempre permanecerá. 

Me perco entre os sonhos que cativo, entre as decepções que não esqueço, entre a saudade que não me deixa...
Me encontro nas lembranças que carrego, nos amigos que me brindam com a alegria de abraços saudosos.
Me realizo ao pensar na minha família, meu Bem mais precioso.
Me questiono com as roupas que não me cabem, com as unhas que não pinto, com os lugares que não me encaixo.
Me culpo com os erros que cometo, com as desculpas que não foram ditas...
Me acho... Um dia eu me acho!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ela sabia que era diferente. Pensava diferente, sentia diferente e queria tudo diferente. Mas, aprendeu a ser igual, aprendeu a fazer tudo igual...
As vezes ela evitava pensar tanto em ser diferente e as vezes não queria ser  tão igual.
Ela ainda tinha um jeito meio romântico de enxergar o mundo e no fundo não queria perder isso, achava a vida mais interessante pelo ângulo que ela inventava na sua cabeça.
Andava pela rua e notava pessoas que não a notavam e tentava adivinhar o que se passava por suas cabeças e se divertia com isso. Via velhinhos e criava histórias sobre suas vidas, sobre o que viveram e sobre quem os esperava na próxima parada. Prestava atenção no que as pessoas ao seu redor vestiam e achava graça da forma como cada um se sentia bem com coisas que ela nuca usaria.
Mas o que ela gostava mesmo era de ouvir música, ah, naqueles momentos ela podia ser tudo o que queria. Ela era uma dançarina sensual que arrancava suspiros da platéia, era uma cantora talentosa ou podia ser uma instrumentista que sabia de quase tudo um pouco. Ela se transportava pra um mundo que podia ser o que quisesse ser. Talvez por medo de enfrentar o mundo real, ela se escondia no seu faz de conta. Lá era mais feliz, mais livre, mais ela.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012



Afinal, em quem votar?

As eleições para prefeitura de Salvador deste ano, têm demonstrado muito mais do que apenas embates políticos entre candidatos em busca do famigerado cargo de líder do município. O que se tem visto nas campanhas é uma série de acusações , ameaças, processos eleitorais, muita promessa e pouca fé dos eleitores.
Entre os seis prefeituráveis, três deles tem tido maior aderência do público e causado mais debates em todos os níveis sociais. Afinal, em quem votar? Acredita-se que nos últimos anos, esta seja a eleição mais concorrida e debatida, afinal, são três lados oposto e põe opostos nisso.            
De um lado, Nelson Pelegrino (PT) estampa fotos com seus “companheiros” Dilma e Lula e se intitula membro do “time de Lula, Dilma e Wagner”, há de se entender, mas por outro lado, estaremos votando no candidato ou no governo? Pelegrino parece não ter encontrado sua identidade.      
No outro extremo, vem o pequeno grande homem, ACM Neto (DEM). Trazendo consigo as  experiências dos mandatos como Deputado e sua fama de bom moço. Mas, parece o remake de um filme que os baianos já viram antes. Coronelismo em pleno século XXI soa démodé demais.
Por último e não menos polêmico, Mário Kertész (PMDB), o radialista que enquanto pode fez da vida do atual prefeito uma pauta diária. Mário, prefeito durante duas vezes, parece se valer mesmo da pouca memória dos eleitores e quer voltar ao governo municipal.
Os outros três candidatos Márcio Marinho (PRB), Da Luz (PRTB) e Hamilton Assis (PSOL), ficam ofuscados diante de tanto brilho, tanto glamour e tantas dúvidas. Em quem votar? Até o dia 7 de outubro vai ser a pergunta que vai nortear vários eleitores soteropolitanos, as opções são muitas, mas as condições, são poucas.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Por preguiça, comodismo ou insegurança a gente vai deixando de resolver os problemas e vai apenas atenuando. Quando se vê, o mês já foi embora, a semana já está passando, as contas acumularam, as broncas também, o guarda-roupas está cheio de coisas que já não se usa e os dias, repletos de coisas que não deveriam estar ali.              
Talvez o problema não seja se despir do que já não cabe, talvez seja o medo de não encontrar algo que caiba tão bem.                 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012


Estou dando bom dia ao meu leão diário e dizendo a ele que podemos conviver em paz. Estou tentando dar o meu melhor e fazer o que posso pra que tudo dê certo. Tô indo ali desfazer enganos, e se for preciso, pedir desculpas e dizer que eu sinto muito. Tô vestindo o meu melhor sorriso pra enfrentar o mau humor, os maus olhos e as más línguas. E estou guardando no bolso meu melhor abraço, pra dar a quem merece...

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Ela não sabia o que sentia, só sentia. E sentir, era a coisa que fazia de melhor.
Sentia uma saudade imensa daqueles que amava e não estavam por perto. Sentia uma dor danada pelas coisas que não podia mudar. Sentia sono, angustia, medo, desejo e outras coisas que nem ela sabia o nome. Até achava que inventava sentimento, só pra sentir alguma coisa.
Se fazia perguntas, que não tinham respostas. Fazia planos, que não conseguia colocar em prática e chorava, chorava feito menina por tudo aquilo que não conseguia fazer direito. As vezes ela nem queria ser como era e as vezes até se esforçava pra ser diferente.
Ela só queria descansar, queria ficar quietinha num lugar sossegado. Ler livros que falassem o que ela queria saber e escutar música, que a deixassem em paz. Queria se sentir bem todas as manhã e se sentir menos perdida. Ela só queria conseguir o que sempre quis, ela, na verdade, queria deixar de ser ela! Ela estava cansada de tanto tempo, tanto sonho, tanto tudo...
Mas sabia que aquilo tudo ia passar e como gente grande, que teve de aprender a ser, ia apenas olhar pro que escreveu e se sentir piegas... afinal, sentir, era a coisa que fazia de melhor.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012


Já não somos adolescentes e forçosamente nos desfizemos dos hábitos de meninos. Palavras como: contas, compras, juros e inflação deixaram de fazer parte apenas do vocabulário dos nossos pais e agora tiram nosso sono. Alguns de nós, voltou a acreditar em Papai Noel, pra fazer que seus filhos acreditem e alguns de nós, deixou de ser criança pra cuidar de suas crianças. O bicho-papão que morava embaixo da cama, ainda existe, só que agora vem disfarçado de desemprego e fracasso. A semelhança entre eles é que continuam fazendo medo do mesmo jeito.
Talvez não tenhamos a vida que sonhávamos, talvez deixemos de fazer o que queríamos, pra fazer o que precisávamos. Talvez a gente até quisesse ser criança pra sempre e talvez a gente até ache que ser adulto era mais divertido quando brincávamos de escritório na sala de casa. 

domingo, 19 de agosto de 2012


Um dia me perguntaram o que eu queria da vida.
Uma pergunta muito simples, achei que não teria problemas para responder. Abri a boca, e as palavras quase saltaram.
Claro que iria responder: Ora, o que eu quero? Quero o que todos desejam: saúde, paz e felicidade. Mas por alguns segundos, pensei: Afinal o que eu quero da vida?
A resposta não era tão simples quanto imaginava.
Mas o que eu quero pra minha vida, são amores radiantes, sorrisos ternos e constantes.
Quero o cheiro da minha mãe entrando pelas minhas narinas e acalentando minha alma.
Eu quero a felicidade plena para aqueles a quem daria minha vida. Quero ver velhinhos caminhando de mãos dadas; quero uma casa com cheiro de paz e um trabalho que me dê prazer no nascer de cada manhã.
Quero a beleza de ser amada. E quero sentir isso na delicadeza de um bom dia e quero mais ainda amar, amar plenamente.
Quero filhos correndo pela casa, fazendo sentido a vida.
Quero viver, sentir, sorrir e amar... afinal, amar é o verbo que move o mundo!

domingo, 5 de agosto de 2012

Não vai ser o corte do meu cabelo, a roupa que eu visto, os lugares que frequento que vai determinar quem sou realmente.
Quem sou está acima de qualquer coisa mundana.
O que sou são os valores que agrego, as conversas que eu tenho, as pessoas que me rodeiam.
O que eu sou são as dúvidas que me cercam.
São as coisas que eu sinto e que ninguém nunca soube ou vai saber.
O que eu sou são aqueles momentos que duram apenas alguns instantes e que marcam pra vida toda.
O que eu sou são as paixões ardentes pelas coisas que realmente fazem sentido.
O que sou talvez não seja o que eu deveria ser, mas hoje, sou o meu Melhor!



Passei muito tempo querendo ser igual a todo mundo, me vestir igual a todo mundo, pensar igual a todo mundo.
Fico feliz por isso não ter acontecido.
Se acontecese deixaria de ser EU, seria mais uma cópia de uma original que se perdeu em algum lugar no tempo e no espaço.


Aprendi que a vida tem um dom especial de nos pregar peças e que nesses momentos, é você com você mesmo.
Aprendi que não importa o tamanho do seu problema, ele  pode ficar maior e eles sempre existirão. Então, aprendi que são eles que nos fazem crescer e “virar gente”.
Aprendi que bom humor é uma forma eficaz de fuga desse mundo doido.
Aprendi que a fé em Deus e em si mesmo é a maneira mais inteligente de manter-se de pé.
Aprendi a respeitar o que penso, mesmo quando o que eu penso não faça sentido. E tô aprendendo a respeitar o que os outros pensam, mesmo não concordando.
Aprendi a fazer o que acho certo, mesmo com todo o peso que isso possa trazer.
Aprendi a me refazer e a encarar tudo como um grande aprendizado.
Aprendi que "os opostos se distraem e os dispostos se atraem"
Aprendi que o tempo é bem mais generoso com quem não depende dele.
Aprendi que uma boa conversa diminui o peso de um dia tedioso.
Aprendi que o silêncio fala muito. Mas silêncio em excesso sufoca.
Aprendi que os amores acabam, as dores chegam, as distancias atrapalham e que você é impotente diante desse mestre maior chamado Destino.
Aprendi que escrever é uma forma de evadir-se e que as palavras são poderosas.
Aprendi que mesmo que os “sins” apareçam, os “nãos” sempre serão mais lembrados.
Aprendi que a máxima “tudo passa” é verdadeira.
Aprendi a dizer EU TE AMO sem medo do que vou ouvir depois, amar é uma forma de se sentir vivo.
Aprendi que na maioria das vezes, somos nossos maiores adversários.
Aprendi que trabalhar em equipe é um exercício de paciência e aprendizado.
Aprendi que as pessoas nem sempre correspondem as nossas expectativas e aprendi mais ainda que elas não têm essa obrigação.
Aprendi que os defeitos que encontramos nos outros são os que mais estão em nós.
Aprendi a amar música e cinema, eles permitem que nos transportemos pra um lugar mais tranqüilo.
Aprendi a me acostumar com a finitude das coisas...
Enfim... aprendi que ainda tenho muito a aprender e que o bom da vida é não saber pra onde ela vai nos levar. Aprendi a admirar o efeito do tempo, ele destrói ou regenera qualquer coisa.

[i][red]Fé!
(Thirza Santos)

segunda-feira, 30 de julho de 2012


Praticando o Desapego (Fernando Pessoa)
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário....
Perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: Diga a sí mesmo que o que passou jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo...
- Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Encerrando ciclos, não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba...
Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais em sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Quando um dia você decidir a pôr um ponto final naquilo que já não te acrescenta.
Que você esteja bem certo disso, para que possa ir em frente, ir embora de vez.

Desapegar-se, é renovar votos de esperança de sí mesmo,
É dar-se uma nova oportunidade de construir uma nova história melhor.
Liberte-se de tudo aquilo que não tem te feito bem, daquilo que já não tem nenhum valor, e siga, siga novos rumos, desvende novos mundos.

A vida não espera.
O tempo não perdoa.
E a esperança, é sempre a última a lhe deixar.

Então, recomeçe, desapegue-se!

Ser livre, não tem preço!

quarta-feira, 25 de julho de 2012


Eu poderia viver sem o chão embaixo dos meus pés. Suportaria a ausência de tudo que me deixasse de pé, mas sem vocês, não! Sem vocês, as estradas e os caminhos não me levariam a  lugar nenhum, sem vocês a saudade seria só uma palavra sem sentido, sem vocês o amor seria só um sentimento sem forma e conteúdo.
Vocês, que estão comigo a cada segundo, mesmo quando não estamos perto. Vocês, que são o sentido do acordar e do dormir. Vocês que são a tradução mais completa do verbo amar.
Vocês que são a festa na casa na serra, o almoço na casa da Vó, a conversa ao pé do ouvido, o  puxão de orelha, os conselhos preocupados, as atitudes desmedidas, as ajudas incondicionais, vocês que são a tradução perfeita do verbo: família. Porquê pra mim, Família é um verbo. E  se conjuga assim: Eu te amo, Tu me ama, Ele te ama, Nós nos amamos, Vós vos amais, Eles se amam.

domingo, 22 de julho de 2012

Vai passar...
Texto de C.F.A




Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de "uma ausência". E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.
Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.
Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.
Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:
- ... mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca ...

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Acreditar é um exercício. Um  exercício árduo pra quem sempre teve as dúvidas como verdade absoluta.
Acreditar no que não se pode ver é ainda mais difícil e talvez essa seja a maior virtude dos que tem fé inabalável, acreditar no invisível e as vezes, no improvável! 
Ela, no seu esforço diário, tenta, tenta, tenta fervorosamente acreditar no que não é tangível, palpável...
Às vezes pensa que as coisas se realizam como um passe de mágica, e por alguns minutos sente a sensação de que crer indiscutivelmente. Noutro instante, se depara com a realidade que a faz um pouco mais cética e um pouco mais descrente.
Reza, ora, pede, chora e espera.... espera como uma filha obediente pelo presente que está por vir. Acreditar é sua forma de se sentir mais forte, mais firme, mais de pé. Acreditar era sua forma de sentir a presença de Deus e Nele, ela não podia deixar de acreditar! 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Por enquanto...


Enquanto o tempo passava ela fazia planos que talvez não se concretizasse, acreditava em coisas que talvez não existissem e tinha uma fé enorme no que não podia ver.
Enquanto dormia, fazia um esforço enorme pra ter algum sinal divino, algo que a fizesse mais perto de Deus.
Enquanto os dias passavam, conhecia mais sobre as pessoas e descobria que acreditar nelas é como arriscar numa loteria. Apesar das apostas e da fé, nunca se sabe qual vai ser resultado.
Enquanto caminhava, notava as pessoas ao seu redor e percebia que não a notavam.
Enquanto escrevia, desejava que suas palavras tomassem vida, saíssem do papel e se tornassem realidade.
Enquanto tomava tento da realidade, pensava nas coisas que queria pra si e apenas fechava os olhos e imaginava que as tinha. Era uma forma de tê-las por perto, ainda que só por enquanto. 

segunda-feira, 4 de junho de 2012


Um estranho diálogo entre o tempo, a paciência e a loucura :

-A Loucura: Eu ouvi dizer que o tempo cura tudo, que nada melhor do que um dia após o outro... mas nunca vi tanta gente louca por conta do tempo. É gente reclamando do tempo que não passa, da hora que não chega...
-O Tempo: É verdade... e eu que ouvi dizer que a paciência tudo alcança, que é uma virtude e que o paciente logra grandes feito, nunca vi tantas salas de yoga cheias e gente impaciente no corredor.
-A Paciência: Seus tolos. Vocês podem pensar no tempo e ficar loucos ou acreditar em mim, não garanto felicidade plena, mas, lhes curo da loucura e amenizo o efeito do tempo.