terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ela sabia que era diferente. Pensava diferente, sentia diferente e queria tudo diferente. Mas, aprendeu a ser igual, aprendeu a fazer tudo igual...
As vezes ela evitava pensar tanto em ser diferente e as vezes não queria ser  tão igual.
Ela ainda tinha um jeito meio romântico de enxergar o mundo e no fundo não queria perder isso, achava a vida mais interessante pelo ângulo que ela inventava na sua cabeça.
Andava pela rua e notava pessoas que não a notavam e tentava adivinhar o que se passava por suas cabeças e se divertia com isso. Via velhinhos e criava histórias sobre suas vidas, sobre o que viveram e sobre quem os esperava na próxima parada. Prestava atenção no que as pessoas ao seu redor vestiam e achava graça da forma como cada um se sentia bem com coisas que ela nuca usaria.
Mas o que ela gostava mesmo era de ouvir música, ah, naqueles momentos ela podia ser tudo o que queria. Ela era uma dançarina sensual que arrancava suspiros da platéia, era uma cantora talentosa ou podia ser uma instrumentista que sabia de quase tudo um pouco. Ela se transportava pra um mundo que podia ser o que quisesse ser. Talvez por medo de enfrentar o mundo real, ela se escondia no seu faz de conta. Lá era mais feliz, mais livre, mais ela.

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