quinta-feira, 24 de julho de 2014

Somos feitos pra ganhar e é assim desde a briga frenética de espermatozoides em busca na fecundação, ganhamos a corrida, por isso estamos aqui. Somos feitos pra ganhar as melhores notas, a melhor colocação, o melhor curso, o melhor carro, o melhor companheiro, a melhor vida. Não alcançar os melhores lugares gera uma frustração imensa e frustração gera pessoas amargas. Mas existem também as pessoas que escolheram ser o seu melhor e não o melhor. Escolheram ser o seu melhor na luta consigo e conquistar apenas um lugar na sala de aula, no trabalho, no amor. Elas quiseram o seu carro e não o melhor carro e escolheram ter uma própria vida e não a vida que escolheram pra eles. Pessoas assim sentem menos inveja e menos culpa de não ter conquistado o topo do mundo, elas também têm mais tempo livre porque passam menos tempo correndo, elas sabem que embora os percursos sejam diferentes a estrada acaba num mesmo lugar. “Faço o melhor que sou capaz sou pra viver em paz”.

terça-feira, 22 de julho de 2014

eternidade eterna idade é ter na idade o que o tempo não leva
Aí um amigo chega e te tira do tédio, qualquer coisa boba te arranca um sorriso, uma música vem e tira o silêncio e as coisas que te tiram do sério perdem o sentido.
Existem coisas e pessoas que chegam e vão embora, isso porque o tempo delas deve ser exatamente proporcional ao aprendizado que oferecem. Algumas pessoas compreendem isso facilmente e têm o privilégio de viver com mais leveza a vida, são as que entendem a finitude de -quase- tudo. (ai que inveja delas). Outras insistem demasiadamente em prolongar o tempo das coisas e são as que acumulam problemas por resolver, roupas sem uso no armário e papeis empilhados nas prateleiras (!). Por outro lado, existem as coisas que chegam pra ficar, àquelas que perduram com o tempo e que se fazem presentes em qualquer tempo, de qualquer modo. Coisas que têm o dom de ser eternizadas são chamadas de amigos, de família, de memórias.... e tenho a impressão que só essas podem ser chamadas de suas, verdadeiramente
Nossa vida as vezes parece uma casa em reforma. As coisas ficam bagunçadas durante algum tempo e fica complicado encontrar qualquer coisa no meio de tanta confusão. Mas depois tudo vai voltando ao normal e vai ficando melhor. A gente vai pintando as paredes com novas cores, mudando móveis de lugar e depois de um tempo, nossa casa volta a ser o lugar mais confortável, organizado e seguro. E a gente precisa cuidar da nossa vida como cuida de nossa casa. E é sempre bom manter as duas em ordem!
Sempre vai existir alguém que te puxe pra baixo e outro alguém que te coloque lá em cima. Sempre existe aquele tipo de pessoa que quer o seu bem e outra que você deseja bem... bem longe. Têm pessoas leves, que te elevam e as densas, que te deixam tensa. Têm gente que é paz e calmaria e outras que são vazias. Gente que fala com você e outras que falam de você. Gente interessante e gente interesseira. E não importa o tipo de gente que se encontre por aí, reclamar delas só faz sentido quando se é com o outro exatamente o que se espera que sejam com você. Se não for assim, é só demagogia.
Eu que já desconheço o rosto de quem está atrás de mim na fila do supermercado, do banco ou de qualquer outro lugar que me deixe esperar por qualquer fração de minuto e que respondo perguntas aleatoriamente, sem prestar muita atenção no que o outro me diz. Eu que converso com muitos amigos e encontro com poucos. Eu que mudei os hábitos do dormir e do acordar e troquei o despertador pelo som das notificações de mensagens. Eu que passo mais tempos vendo fotos de pessoas queridas em momentos felizes, do que compartilhando momentos felizes com elas, que já não almoço sozinha, mesmo quando não tem ninguém ao meu lado e que deixo alguém sozinho, mesmo estando ao seu lado. Eu que sei sobre a vida de muita gente, mas as conheço quase nada. Que registro momentos, mas os aproveito pouco. Eu que comprei uma máquina para me servir e descubro que eu quem estou servindo a ela.