segunda-feira, 8 de outubro de 2012


Ela adorava tudo o que era simples, na verdade a simplicidade a encantava de maneira inexplicável. Ela andava em festas com saltos altos e brincos grandes, mas gostava mesmo era de andar descalça e passar a noite ouvindo músicas, tomando um vinho com um velho amigo. Conversava durante horas sem muitos problemas, mas adorava a simplicidade do silêncio. Ouvia atenta pessoas que falavam longamente sobre suas qualidades e que não mediam as palavras, mas gostava mesmo de pessoas que falavam o necessário e deixavam que os outros tivessem suas impressões sobre elas.             
Ela até gostava de jantares sofisticados, mas se sentia melhor almoçando a comida simples e sempre deliciosa de sua Vó. Achava lindo pessoas que eram elas mesmo, em qualquer lugar, em qualquer tempo. Se encantava com cabelos cacheados, tatuagens, vestidos leves e apetrechos autênticos.              
Sorria sozinha quando via um casal se beijando no ponto de ônibus ou em lugares inusitados, pensava consigo mesmo: “o amor vai ser sempre amor em qualquer lugar, de qualquer jeito”.        
Talvez por ter nascido simples e ter crescido assim, ela não conseguia ver com muita naturalidade as coisas que eram diferentes a isso. Ela acreditava que Deus estava nas miudezas, nas coisas que passam despercebidas e que são tão grandes. Ela sabia que Deus vivia na simplicidade e nas coisas simples, como a fé! 

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