quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ela podia ser como a maioria, que enxerga tudo de maneira mais simples e sem muitas fantasias. Podia deixar de procurar respostas pra perguntas irrespondíveis, podia fazer como a maioria faz, apenas deixar de questionar.             
Mas ela sabia que não podia ser assim, já que ela mesmo não deixava de se inquirir. Perguntava-se sobre coisas que não podia mudar, como não poder simplesmente extinguir do mundo algumas espécies humanas da pior qualidade ou quem sabe criar um estado só pra deportar gente mal educada. Tinha perguntas tolas, como se os artistas eram mais felizes, sem a obrigação de cumprir horários ou prazos pra entrega de relatórios ou metas a serem batidas. Ou sobre a existência de ET’s, vida após a morte, amor depois dos 70, como seria viver nos seus filmes preferidos... se perguntava por quê era assim.   
Ficava horas se perguntando o que podia fazer pra mudar o mundo, mas sabia que era muita imaginação, pra pouca ação. Percebeu que primeiro precisava mudar o seu mundo e que as mudanças mais revolucionárias partiram de dentro pra fora.                
Ela ficava o tempo todo pensando nas coisas que estavam na sua cabeça e que precisava  por pra fora, olhava pro lado e se questionava sobre o que as pessoas iam achar se ela falasse tudo aquilo, então, ela escrevia. Escrevia, escrevia... como se quisesse se esconder do mundo, se sentia mais segura dentro dos seus pensamentos. E se questionava se não podia morar lá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário