sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Ela não sabia o que sentia, só sentia. E sentir, era a coisa que fazia de melhor.
Sentia uma saudade imensa daqueles que amava e não estavam por perto. Sentia uma dor danada pelas coisas que não podia mudar. Sentia sono, angustia, medo, desejo e outras coisas que nem ela sabia o nome. Até achava que inventava sentimento, só pra sentir alguma coisa.
Se fazia perguntas, que não tinham respostas. Fazia planos, que não conseguia colocar em prática e chorava, chorava feito menina por tudo aquilo que não conseguia fazer direito. As vezes ela nem queria ser como era e as vezes até se esforçava pra ser diferente.
Ela só queria descansar, queria ficar quietinha num lugar sossegado. Ler livros que falassem o que ela queria saber e escutar música, que a deixassem em paz. Queria se sentir bem todas as manhã e se sentir menos perdida. Ela só queria conseguir o que sempre quis, ela, na verdade, queria deixar de ser ela! Ela estava cansada de tanto tempo, tanto sonho, tanto tudo...
Mas sabia que aquilo tudo ia passar e como gente grande, que teve de aprender a ser, ia apenas olhar pro que escreveu e se sentir piegas... afinal, sentir, era a coisa que fazia de melhor.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012


Já não somos adolescentes e forçosamente nos desfizemos dos hábitos de meninos. Palavras como: contas, compras, juros e inflação deixaram de fazer parte apenas do vocabulário dos nossos pais e agora tiram nosso sono. Alguns de nós, voltou a acreditar em Papai Noel, pra fazer que seus filhos acreditem e alguns de nós, deixou de ser criança pra cuidar de suas crianças. O bicho-papão que morava embaixo da cama, ainda existe, só que agora vem disfarçado de desemprego e fracasso. A semelhança entre eles é que continuam fazendo medo do mesmo jeito.
Talvez não tenhamos a vida que sonhávamos, talvez deixemos de fazer o que queríamos, pra fazer o que precisávamos. Talvez a gente até quisesse ser criança pra sempre e talvez a gente até ache que ser adulto era mais divertido quando brincávamos de escritório na sala de casa. 

domingo, 19 de agosto de 2012


Um dia me perguntaram o que eu queria da vida.
Uma pergunta muito simples, achei que não teria problemas para responder. Abri a boca, e as palavras quase saltaram.
Claro que iria responder: Ora, o que eu quero? Quero o que todos desejam: saúde, paz e felicidade. Mas por alguns segundos, pensei: Afinal o que eu quero da vida?
A resposta não era tão simples quanto imaginava.
Mas o que eu quero pra minha vida, são amores radiantes, sorrisos ternos e constantes.
Quero o cheiro da minha mãe entrando pelas minhas narinas e acalentando minha alma.
Eu quero a felicidade plena para aqueles a quem daria minha vida. Quero ver velhinhos caminhando de mãos dadas; quero uma casa com cheiro de paz e um trabalho que me dê prazer no nascer de cada manhã.
Quero a beleza de ser amada. E quero sentir isso na delicadeza de um bom dia e quero mais ainda amar, amar plenamente.
Quero filhos correndo pela casa, fazendo sentido a vida.
Quero viver, sentir, sorrir e amar... afinal, amar é o verbo que move o mundo!

domingo, 5 de agosto de 2012

Não vai ser o corte do meu cabelo, a roupa que eu visto, os lugares que frequento que vai determinar quem sou realmente.
Quem sou está acima de qualquer coisa mundana.
O que sou são os valores que agrego, as conversas que eu tenho, as pessoas que me rodeiam.
O que eu sou são as dúvidas que me cercam.
São as coisas que eu sinto e que ninguém nunca soube ou vai saber.
O que eu sou são aqueles momentos que duram apenas alguns instantes e que marcam pra vida toda.
O que eu sou são as paixões ardentes pelas coisas que realmente fazem sentido.
O que sou talvez não seja o que eu deveria ser, mas hoje, sou o meu Melhor!



Passei muito tempo querendo ser igual a todo mundo, me vestir igual a todo mundo, pensar igual a todo mundo.
Fico feliz por isso não ter acontecido.
Se acontecese deixaria de ser EU, seria mais uma cópia de uma original que se perdeu em algum lugar no tempo e no espaço.


Aprendi que a vida tem um dom especial de nos pregar peças e que nesses momentos, é você com você mesmo.
Aprendi que não importa o tamanho do seu problema, ele  pode ficar maior e eles sempre existirão. Então, aprendi que são eles que nos fazem crescer e “virar gente”.
Aprendi que bom humor é uma forma eficaz de fuga desse mundo doido.
Aprendi que a fé em Deus e em si mesmo é a maneira mais inteligente de manter-se de pé.
Aprendi a respeitar o que penso, mesmo quando o que eu penso não faça sentido. E tô aprendendo a respeitar o que os outros pensam, mesmo não concordando.
Aprendi a fazer o que acho certo, mesmo com todo o peso que isso possa trazer.
Aprendi a me refazer e a encarar tudo como um grande aprendizado.
Aprendi que "os opostos se distraem e os dispostos se atraem"
Aprendi que o tempo é bem mais generoso com quem não depende dele.
Aprendi que uma boa conversa diminui o peso de um dia tedioso.
Aprendi que o silêncio fala muito. Mas silêncio em excesso sufoca.
Aprendi que os amores acabam, as dores chegam, as distancias atrapalham e que você é impotente diante desse mestre maior chamado Destino.
Aprendi que escrever é uma forma de evadir-se e que as palavras são poderosas.
Aprendi que mesmo que os “sins” apareçam, os “nãos” sempre serão mais lembrados.
Aprendi que a máxima “tudo passa” é verdadeira.
Aprendi a dizer EU TE AMO sem medo do que vou ouvir depois, amar é uma forma de se sentir vivo.
Aprendi que na maioria das vezes, somos nossos maiores adversários.
Aprendi que trabalhar em equipe é um exercício de paciência e aprendizado.
Aprendi que as pessoas nem sempre correspondem as nossas expectativas e aprendi mais ainda que elas não têm essa obrigação.
Aprendi que os defeitos que encontramos nos outros são os que mais estão em nós.
Aprendi a amar música e cinema, eles permitem que nos transportemos pra um lugar mais tranqüilo.
Aprendi a me acostumar com a finitude das coisas...
Enfim... aprendi que ainda tenho muito a aprender e que o bom da vida é não saber pra onde ela vai nos levar. Aprendi a admirar o efeito do tempo, ele destrói ou regenera qualquer coisa.

[i][red]Fé!
(Thirza Santos)