Quantos casais você conhece? Dos que conhece quantos estão
felizes? Dos que estão felizes, quantos têm saudade do seu tempo de solteiro?
Fatalismo ou não, romantismo ou não, pessimismo ou não, a
sensação que paira no ar é que as pessoas estão com medo de amar. Como se
entregar ao outro, fosse se perder de si, de alguma forma. Evita-se o encontro,
hesita-se o desejo, deixa-se de se permitir e assim, os bares andam cheios, as
festas lotadas e os corações vazios.
Não importa qual o signo do zodíaco, a preferência sexual, a
cor da pele, a roupa que usa ou o lugar que freqüenta, para algumas pessoas, a
sensação de ter o mundo, viajar, conquistar coisas, construir planos, ainda é
muito mais singular do que plural, como se aquilo tudo só fizesse sentido se primeiro for seu e
quem sabe depois, de outro.
As pessoas têm medo de amar, como se fosse proibido dividir
com outro o sentido das coisas. Muito embora, a única coisa que reste de
algumas noites é a ausência de um sentido.
A parte boa da história é que tudo isso se torna lugar comum
quando o encontro acontece e eles acontecem aos milhões, pode ser no carnaval
ou na fila do banco, na festa ou no curso de inglês, quando o encontro
acontece, só o que se deseja é transformar o Eu em Nós!
E não importa o que digam, o que eu saiba, nem o que
veja...Eu ainda acredito em encontros!
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